domingo, novembro 27, 2005

Vinicius de Moraes

Vinicius de Moraes nasceu em 19 de outubro de 1913, no Rio de Janeiro. Seu pai, Clodoaldo Pereira da Silva Moraes, recitava versos ao estilo de Bilac e sua mãe, D. Lydia, dedilhava o violão em saraus de família. O filho seguiu as duas vocações: a da música, já no Colégio Santo Inácio fazia suas primeiras composições ao lado dos irmãos Tapajós; e de poeta, já na Faculdade de Direito publicava seu primeiro livro, O Caminho para a Distância, ainda encharcado de metafísica. A carreira diplomática o deixou, por algum tempo, meio afastado da música. Em Los Angeles, onde serviu como cônsul por cinco anos, aproximou-se do cinema. É com a montagem do Orfeu da Conceição, o musical composto em parceria com Antonio Carlos Jobim nos anos 50, que o músico se define. Torna-se parceiro de Pixinguinha, de Carlos Lyra, de Baden Powell e de Edu Lobo.
A Bossa Nova o adota como uma espécie de "Guru". Em agosto de 1962, faz seu primeiro grande show na boate Au Bon Gourmet, ao lado de Tom Jobim e de João Gilberto. Ninguém mais o tirou dos palcos. Fora da diplomacia, Vinicius se torna também um "show-man", um cantor de voz estranha e afinada um homem feliz a pontuar suas músicas com divagações sobre a vida e histórias inesquecíveis. A parceria com Toquinho, que domina os últimos dez anos de sua vida, o lança em excursões e intermináveis circuitos universitários e o transforma numa estrela. Platéias da Argentina e da Itália, em especial, se dobram diante de Vinicius. O efeito em sua carreira poética é fulminante, porque poeta e músico se tornam um homem só. JOSÉ CASTELLO JORNALISTA.

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