domingo, novembro 27, 2005

História do Carnaval

Os festejos carnavalescos foram trazidos pelos portugueses com o nome de entrudo. Era uma brincadeira violenta, onde os foliões lançavam farinha, tinturas e até água suja. Foi proibida oficialmente e aos poucos as batalhas passaram a usar confete e serpentina.
Em Pernambuco, o entrudo português mudou ao assimilar as tradições africanas. No século XVII, escravos de organizações como a Companhia de Carregadores de Açúcar promoviam reuniões para a Festa de Reis, formando cortejos com bandeiras e improvisando cantigas ao ritmo de marcha. Juntos, as brincadeiras do entrudo e os cortejos de origem africana moldaram o festa pernambucana.
No século XIX, surgem o frevo e o passo, dando ao carnaval de Pernambuco uma identidade única no Brasil. A partir de então, operários urbanos organizaram as primeiras agremiações nos bairros populares.
No início, muitas corporações mantiveram identidade profissional: os caiadores desfilavam juntos, assim como os lenhadores. Mas, com o tempo, foram sendo criados clubes mais abertos, com nomes engraçados: Canequinhas Japonesas, Marujos do Ocidente, Toureiros de Santo Antonio.
Ao lado dos maracatus, dos ursos, dos caboclinhos, das escolas de samba, estes clubes, troças e blocos, unindo as influências européias, africanas e indígenas, transformaram o carnaval de Pernambuco no maior caldeirão cultural do Brasil.

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