Vinicius de Moraes nasceu em 19 de outubro de 1913, no Rio de Janeiro. Seu pai, Clodoaldo Pereira da Silva Moraes, recitava versos ao estilo de Bilac e sua mãe, D. Lydia, dedilhava o violão em saraus de família. O filho seguiu as duas vocações: a da música, já no Colégio Santo Inácio fazia suas primeiras composições ao lado dos irmãos Tapajós; e de poeta, já na Faculdade de Direito publicava seu primeiro livro, O Caminho para a Distância, ainda encharcado de metafísica. A carreira diplomática o deixou, por algum tempo, meio afastado da música. Em Los Angeles, onde serviu como cônsul por cinco anos, aproximou-se do cinema. É com a montagem do Orfeu da Conceição, o musical composto em parceria com Antonio Carlos Jobim nos anos 50, que o músico se define. Torna-se parceiro de Pixinguinha, de Carlos Lyra, de Baden Powell e de Edu Lobo.
A Bossa Nova o adota como uma espécie de "Guru". Em agosto de 1962, faz seu primeiro grande show na boate Au Bon Gourmet, ao lado de Tom Jobim e de João Gilberto. Ninguém mais o tirou dos palcos. Fora da diplomacia, Vinicius se torna também um "show-man", um cantor de voz estranha e afinada um homem feliz a pontuar suas músicas com divagações sobre a vida e histórias inesquecíveis. A parceria com Toquinho, que domina os últimos dez anos de sua vida, o lança em excursões e intermináveis circuitos universitários e o transforma numa estrela. Platéias da Argentina e da Itália, em especial, se dobram diante de Vinicius. O efeito em sua carreira poética é fulminante, porque poeta e músico se tornam um homem só. JOSÉ CASTELLO JORNALISTA.
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